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WOOL: O mais antigo festival de Arte Urbana de Portugal.

E não será uma edição qualquer, até porque o WOOL celebra uma década de existência.

O WOOL | Covilhã Arte Urbana apresenta-se como resultado direto de duas paixões (Arte Urbana e a Covilhã) partilhadas por um grupo informal de cidadãos que, em 2011, sonhou e desenhou este projeto e o submeteu aos Apoios Pontuais da Direcção Geral das Artes, ambicionando descentralizar a Cultura e apresentar o 1.º festival destas expressões de Arte Contemporânea em solo português, introduzindo-as como ferramentas capazes de promover, inegavelmente e desejavelmente, transformação social, cultural, económica e/ou turística numa comunidade e território, especificamente do Interior, aspirando a sua crescente coesão e sustentabilidade.

Volvidos 10 anos, que o WOOL celebra neste 2021, é, no entanto, possível observar inúmeras ações paralelas ao mesmo, em novas geografias e formatos, dirigidos a distintas (e inclusivamente inusitadas) faixas etárias, confirmando o valor da Arte Urbana enquanto instrumento de construção, reabilitação e valorização dos valores fundamentais da cidadania.

Após esta década, é também possível confirmar o papel distintivo e único do WOOL na promoção e projeção da Arte Urbana Portuguesa, dentro e fora das nossas fronteiras. Foi este o projeto responsável pela curadoria das comitivas de artistas portugueses que pela 1.ª vez integraram reconhecidos projetos internacionais como o Tour Paris 13 (Paris, 2013) e Djerbahood (Tunísia, 2014). Foi, também, o WOOL o projeto nacional convidado pela Google para ilustrar e engrandecer o lançamento do Google Art Project / Google Arts & Culture para todo o território português (2015).

Recentemente, porque a missão do WOOL de descentralização da cultura e de inclusão e coesão social e territorial através da Arte e da Cultura nunca estará concluída, mas em constante renovação, o projeto associou-se ao NEST | Centro de Inovação do Turismo para o desenvolvimento da Talk2me Platform, que através da tecnologia bot messenger e a leitura de um QR Code, permite que cada visitante possa conversar directamente e a qualquer momento (e em total segurança) com os 36 murais e instalações que habitam o centro histórico da cidade da Covilhã.

Esta, que será assumidamente uma nova forma de descoberta do WOOL, é para a organização uma atualização (certeira) dos objetivos iniciais, em que ambicionava ‘ocupar’ as ruas da cidade da Covilhã com Arte, tornando esta acessível a todos, democratizando-a, e desta forma promovendo um despertar e interesse da comunidade para a Cultura e Arte e uma desejável ocupação e transformação de toda esta região.

Assumindo a responsabilidade do terminus e começo de uma nova década de atuação, o WOOL apresenta uma nova identidade com autoria do estúdio Naïf, que nos convida a pensar esta marca da Covilhã na forma de um “símbolo único e identificador, capaz de representar tanto os últimos 10 anos do festival, como as suas futuras edições. Um símbolo representativo do WOOL que nos fala de todos os elementos que lhe dão carácter: a Covilhã, a neve, a serra da estrela, a arte e a tinta, os lanifícios, o dinamismo, o encontro e a partilha”, também explanados no seu manifesto.

Este 2021 de celebração apresenta, também, uma programação mais musculada, no espaço e tempo, com mais de 40 iniciativas a decorrer de 26 de junho a 4 de julho, entre as quais se destacam as residências artísticas já em realização (fotografia e desenho), a sonorização do centenário filme Covilhã Industrial, Pitoresca e seus arredores (Artur Costa de Macedo, 1921) pelos First Breath After Coma, uma intervenção mural do Colectivo Licuado (Uruguai) que celebra os 140 anos da 1.ª Expedição Científica à Serra da Estrela (Sociedade de Geografia de Lisboa, 1881) e o lançamento do livro WOOL | 2011-2021, que irá integrar a história destes 10 anos, textos de carácter científico redigidos por personalidades das áreas da Arte, Arquitectura e Turismo e testemunhos dos artistas.

FONTES:

Echoboomer

Jornal Público