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Exposição “Fábrica: Ontem e Hoje”

A exposição liga o passado e o presente da Covilhã industrial, perspetivando o futuro.

A exposição “Fábrica: Ontem e Hoje”, foi inaugurada no passado dia 8 de novembro, no edifício da antiga firma Francisco Ribeiro Aibéo, sinalizando o arranque da Covilhã Creative Week – Semana Criativa. Estará patente ao público, com entrada gratuita, de terça-feira a domingo, entre as 10h00 e as 16h00, até ao próximo dia 12 de dezembro.

A Covilhã Creative Week – Semana Criativa assinala o primeiro aniversário da designação da Covilhã como Cidade Criativa da UNESCO em Design, com um leque de atividades culturais gratuitas e simultâneas. A exposição “Fábrica: Ontem e Hoje” enquadra-se nesta programação e convida o visitante a percorrer os corredores de uma antiga fábrica do centro histórico da cidade: o edifício da firma Francisco Ribeiro Aibéo (Rua Capitão João de Almeida, Largo de N. Sr.ª do Rosário).

Com organização do Município da Covilhã e curadoria de Elisa Calado Pinheiro, a exposição proporciona uma viagem ao passado industrial da Covilhã e perspetiva o futuro da indústria têxtil através de estímulos visuais, táteis e auditivos, complementados pela ambiência fabril autêntica e pela antiguidade do edifício da firma, que fechou portas em finais do século XX.  

No espaço encontram-se três instalações concebidas pela artista plástica covilhanense Ânia Pais, que dialogam com a arquitetura do imóvel, com os elementos decorativos e utilitários do seu interior, com o percurso expositivo concebido e com as peças multimédia. Destaque, também, para o início da exposição na garagem da fábrica, na qual o visitante é imediatamente convidado a interagir com uma peça audiovisual intitulada “OVELHAS À SOLTA”, de autoria de João Louro e Pushkhy. Esta instalação multimédia, que tem por base o som produzido pelos balados dos rebanhos de ovelhas, é o ponto de partida da narrativa expositiva e o mote para a viagem pelo ciclo da lã, que se inicia nos pastos da Serra da Estrela. 

Em cada recanto, uma projeção, um som, um nome ou um objeto, são complementados por conteúdos explicativos e por cronologias. Apesar de vazia, a fábrica enche-se de memórias dos seus tempos de laboração, não só das máquinas, mas, essencialmente, dos nomes que escreveram o seu passado. Em 2022, a sua história é trazida à luz do dia através da abertura das portas ao público, que se constituí como a última oportunidade para visitar este espaço privado, antes do arranque das obras de reabilitação que lhe estão destinadas.

Na conceção e organização desta exposição, que tanto toca a muitas gerações de covilhanenses, o Município da Covilhã contou com várias entidades parceiras, públicas e privadas, a saber: Biblioteca Municipal da Covilhã, Arquivo Municipal da Covilhã, Espaço Tecer, Universidade da Beira Interior, Escola Secundária Campos Melo, Fábrica Júlio Afonso/ New Hand Lab, A Penteadora, S.A., J.Gomes, Lda., Fitecom – Comercialização Industrialização Textil, S.A., Rancho Folclórico e Etnográfico do Refúgio, Associação Empresarial da Covilhã, Belmonte e Penamacor, MODATEX, João Morais Inácio e RM Audiovisuais (iluminação e sonorização).

A exposição poderá ser visitada, gratuitamente, até ao próximo dia 12 de dezembro, de terça-feira a domingo, entre as 10h00 e as 16h00, no centro histórico da Covilhã.