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Planos Sectoriais

01.Design, Indústria e Artesanato

Este eixo programático perspetiva a relação entre artesanato e indústria, não apenas na sua dimensão histórica e patrimonial, mas na lógica da contemporaneidade, enquanto domínio de criação, individual e coletiva (obra nova); de inovação (regeneração do paradigma económico, tendo como força motriz a criatividade); de inclusão social (não só dos locais, como de imigrantes); de inclusão territorial (relação urbano-rural) e de resiliência das comunidades. Privilegiar-se-á a relação entre indústria, stakeholders, criadores, públicos e agentes sócio-económicos.

Curadores
Giuseppe Lotti

Giuseppe Lotti

Professor Catedrático e diretor da licenciatura em Design Industrial da Universidade de Florença / Itália. Coordenador do Doutoramento em Sustentabilidade e Inovação no Ambiente Construído. Coordenador científico de projetos de investigação no âmbito da União Europeia, a nível nacional e regional. Autor de múltiplos ensaios sobre a cultura de projeto e curador de várias exposições, em Itália e no exterior. Desde 2010 que ocupa o cargo de diretor do Centro de Estudos Giovanni Klaus Koenig, sendo também responsável científico pelos laboratórios de Design para Sustentabilidade e de Comunicação e Imagem do Departamento de Arquitetura da Universidade de Florença. É autor de publicações sobre questões de design para a sustentabilidade nos sistemas territoriais e em empresas do denominado Sul Global. Professor Associado da Faculdade de Engenharia da UBI e Presidente do Departamento de Ciência e Tecnologia Têxteis. Membro do Senado, do Conselho de Faculdade e do Conselho Científico da Faculdade de Engenharia da UBI. Membro do Conselho Consultivo da ATP – Associação Têxtil e Vestuário de Portugal. Doutorado e licenciado em Engenharia Têxtil pela UBI. Investigador da FibEnTech e do CIAUD da FAUL. É desde 2000 o principal responsável pela criação e desenvolvimento dos cursos de Design de Moda da UBI. Foi investigador no CSIC (Barcelona), na área de “engineering design” e desempenho de tecidos. Tem estado envolvido em vários projetos científicos e em parceria com empresas da indústria têxtil e vestuário, financiados pela FCT e Portugal 2020.

José Vicente

José Vicente

Doutorado na área do Design Sustentável e Licenciado em Design pela Faculdade de Arquitetura Universidade Técnica de Lisboa. Investigador na área do design e sustentabilidade desde 2006. Membro integrado do LABCOM e membro colaborador do CIAUD. Colaborou no passado com a UNIDCOM e o CIESG. Professor Auxiliar na Universidade da Beira Interior, onde é Diretor do Mestrado em Design Industrial. Trabalhou na CSA – Cascais School of Arts & Design; no IADE – Universidade Europeia; e na ESG – Escola Superior Gallaecia. Foi Designer Sénior na Almadesign e membro da Direção da Associação Portuguesa de Designers.

02.Design Têxtil e Moda

Este eixo programático contempla o potencial da região nestes domínios, não só promovendo uma relação ativa, criativa e contemporânea com o património cultural, edificado e imaterial, como o envolvimento da comunidade em processos de co-criação e sinergias, na perspetiva de aproveitamento dos recursos locais (naturais e físicos; imateriais e intangíveis) para o desenvolvimento sustentável alicerçado nas indústrias criativas e na renovação da história e das narrativas identitárias ligadas à mono-indústria laneira. Contempla ainda a distinção entre o âmbito do têxtil, nas suas vertentes industriais e artesanais, desde as mais ligadas à componente projetual do debuxo, às tendências relacionadas com os novos materiais e usos, bem como um entendimento da Moda enquanto sector fundamental de atuação dos/as designers.

Curadores

03.Design, Cidade e Território

Este plano setorial visa:

  • a capacitação da cidade de instrumentos de promoção e disseminação de uma cultura empreendedora no território, perspetivando a consolidação de práticas e rotinas de apoio aos criadores e empreendedores (informação sobre o papel do Design nas indústrias e empresas, eventos, projetos e concursos);
  • consciencializar os agentes públicos e privados envolvidos nas transformações do território;
  • o desenvolvimento de políticas urbanas orientadas para o Design participativo, i.e., melhorar o planeamento urbano, envolvendo a comunidade local na identificação de problemas e necessidades;
  • promover a regeneração sustentável e criativa da cidade (revitalização de espaços devolutos, reabilitação, etc.);
  • regularizar a criação de soluções para a cidade numa lógica projetual (integração de arquitetos, designers e urbanistas na construção da cidade);
  • melhorar a qualidade de vida e fruição da cidade.
Curadores

04.Design, Cultura e outras Artes

O Design, nas suas diversas vertentes, é um mediador entre as artes, as ciências e as tecnologias, indexando-as naturalmente ao campo da cultura e da criatividade. O Design compreende tanto a cultura visual como o entorno material, simbólico e mesmo alegórico, decorrente do paradigma da sociedade do espetáculo, com o intrínseco e variado leque de criadores, públicos e profissionais para os quais as implicações estéticas e culturais do Design exorbitam o âmbito estritamente disciplinar, seja ele mais erudito, mais popular, massificado ou autoral. Reciprocamente, os demais campos da criação e da criatividade, da música ao cinema, da arquitetura à dança, da literatura à fotografia, da performance aos jogos digitais, tanto convocam e integram, como se repercutem indelevelmente no Design, entendido simultaneamente enquanto arte, técnica e construção cultural, cujo carácter transmediático e híbrido fazem dele um signo da vida contemporânea e um poderoso reconfigurador do campo das artes e das humanidades, mas também das tecnologias e suas interfaces.

Curadores

05.Design e Serviços Digitais

Com a capacidade de fornecer dados em tempo real, envolver os utilizadores e simular experiências da vida real com detalhes extremos, a Realidade Virtual e Aumentada tem um potencial enorme para transformar a cidade, o património, os serviços públicos e gerar interações com os cidadãos. As áreas de intervenção do Design na sociedade contemporânea ganham crescente espaço e significado. Para além das mensagens difundidas através dos suportes tradicionais, o Design tem um papel de relevo no que respeita ao desenvolvimento de conteúdos com recurso a novas tecnologias. O Design deixa de se preocupar apenas em desenhar produtos para passar a desenhar experiências e serviços, que operam mudanças no paradigma tecnológico, reconfiguram o espaço público, a partir da ubiquidade dos dispositivos e conteúdos transmediáticos. Neste domínio, destaca-se ainda o desempenho do Design na literacia mediática, na recuperação e reparação da memória histórica e do património industrial. O Design participativo e ativista transforma a realidade territorial, urbana e rural, estendendo-se inclusive aos contextos do turismo e do ensino-aprendizagem.

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06.Educação para o Design e Cidadania

Este eixo programático contempla a integração dos sistemas educativos num paradigma participativo e democrático, a criação de políticas educativas para a promoção do Design junto da comunidade escolar e a sensibilização das crianças para a compreensão do Design enquanto instrumento de resposta a problemáticas da sociedade, necessidades e aspirações, abarcando diferentes tipologias e escalas de intervenção. Num tempo caracterizado pela emergência ecológica, pelos efeitos do neo-liberalismo económico e pela constante ameaça a direitos humanos fundamentais, o Design vem abraçando causas que, embora partindo da sua matriz projetual, rompem com a circunscrição disciplinar e com muitas das convenções académicas e profissionais que o têm caracterizado. O Design relaciona-se com múltiplos aspetos da vida em comum, mediando relacionamentos e projetando respostas a questões prementes de cidadania, assumindo por vezes grande pendor ideológico e político.

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